Saturday, June 21, 2008

Cris

Cada caso é um caso que deve visto com o cuidado necessário. Alguns dizem que o vício em drogas químicas é irreversível. Realmente para tentar solucionar um caso dito “sem volta” se faz necessário possuir dentro de si o potencial do amor. Muito amor. Muitas vezes a pessoa que ama tolera quaisquer gestos perniciosos, esperando sempre uma perspectiva de melhoria. E nada acontece de positivo!...
O viciado, na verdade, é um doente da alma que usa os meios da química para fugir de si mesmo. Nesse ponto ele perde a capacidade do amor próprio e adentra o mundo depressivo. Se ele não ama nem a si mesmo, como amar a outrem?
De acordo com o meu pensamento, existe a influência do mundo espiritual, entretanto, isso funciona como uma ligação telefônica; - só que a chamada vem do além, e, cabe a nós outros atender ou não a ligação. Dessa forma, apesar do nosso sofrimento, não podemos nos responsabilizar pelo atendimento telefônico do outro que está ao nosso lado. Claro que quando isso acontece sentimos dor, pois nos aflige ver o ente querido sofrendo pelos atos que a sua própria mente está pedindo, porque se fez dependente.
Por longos anos sofri algo parecido como este. Em meu caso o problema de subestimação era de teor alcoólico. A pessoa possuía um tipo de dupla personalidade; quando estava sóbria era uma pessoa maravilhosa. De repente ela desaparecia e voltava vestida como se fora outra pessoa. Não raro, via-me com marcas das mais variadas agressões físicas, e, sem contar com as agressões em forma psicológica. Lembro-me que passei por muitos anos sem norte. Orava muito, e, não raro blasfemava contra minhas orações que não surtiam efeito. Muitas vezes pensei em separação, mas pensava nas crianças, ainda pequenas, e no próprio viciado, que sem mim ficaria ao léu. E assim se passaram mais de vinte anos...
Após esses anos desacreditados, enfim o pesadelo chegou ao fim. Parece que uma força maior resolveu se manifestar. Com esse quadro já cansado, aquele amor de outrora se modificou. Não existe mais aquele amor voraz. Ficou o amor da amizade, influenciado pela convivência diária.
De acordo com a minha opinião baseada na experiência subjetiva, acho que um ser humano não tem o direito de escravizar outro ser humano, usando como tática sua própria escravização perante as drogas. Às vezes precisamos usar a razão como forma de traçar algo no futuro.
Como vejo, no caso da amiga Cris, algumas medidas embasadas no amor foram tomadas, tendo como exemplo a terapia com profissionais de psicologia, e, bem como a oração que nunca deve faltar ao nosso dia-a-dia, lembrando que o Altíssimo nunca nos abandona.
Toda pessoa doente precisa de um remédio. Quando o remédio nos falta, penso; que devemos recorrer a algum tipo de hospital, onde pessoas experimentadas possuem o lenitivo necessário.

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Date: Fri, 6 Jul 2007 20:19:42 -0300
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Subject: MAIS
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