Capítulo I - (Machado de Carlos)
Ela me dizia que me amava e que me amaria para sempre. Disse-me com voz trêmula que eu era um grande poeta. Que eu havia nascido poeta. Que eu escrevia divinamente!
Todos os dias ao abrir minha caixa postal, ficava maluco ao observar a quantidade incrível de mensagens. Eu não entendia quem estava escrevendo daquela forma. A priori pensava que fosse um homem. Quando ela me mandou uma foto, passava pela minha cabeça ser uma pessoa travestida.
Certa vez ela me convidou para ir ao aniversário do seu filho. Aumentou o meu medo e no dia marcado não fui até lá. Então, posteriormente ela me crivou com palavras frias pela ausência imperdoável.
Eu fiquei meio perdido porque um dia antes do aniversário do filho ela afirmara com toda clareza:
0 Comments:
Post a Comment
<< Home